Semint: representantes da China e estudantes debatem intercâmbio

Oportunidades com a China e a importância do intercâmbio foram os principais tópicos do último dia de evento

Por Teresa Saturnino - estudante de jornalismo - Fotos: Renner Boldrino (Ascom Ufal)
- Atualizado em
Evento traz representantes da China e estudantes com experiências internacionais
Evento traz representantes da China e estudantes com experiências internacionais

O I Seminário de Internacionalização da Ufal: percursos acadêmicos Interculturais e Inclusivos foi realizado em dois dias, nestas terça-feira (9) e quarta-feira (10), no Auditório da Reitoria, no Campus A. C. Simões, em Maceió.

A abertura do segundo dia foi feita com o painel “Projetos internacionais da Ufal: pesquisa, extensão e educação a distância na internacionalização” com a presença do pró-reitor de Extensão da Ufal, professor Cezar Nonato; da professora Magna Suzana Moreira, coordenadora de pesquisas internacionais da Propep/Ufal; professora Regla Toujaguez, coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e indígenas (Neabi)  do CECA/Ufal; da professora Rosa Correia, coordenadora-geral do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e indígenas (Neabi) do Campus A. C. Simões; professora Lílian Voss, coordenadora-geral da Coordenadoria de Educação a Distância (Cied) e mediação do professor Walter Matias, coordenador-geral da Propep/Ufal.

O debate salientou os convênios que a Ufal já realizou com os países africanos e latinos, com dados de colaboração de pesquisas internacionais e nacionais, além de enfatizar a extensão como ponte para internacionalização, a partir de festivais culturais, com destaque para o “Portugal em cena”, evento realizado pelo Governo de Alagoas com apoio da Ufal/Asi, e as casas de culturas que possibilitam um contato mais acessível com outras culturas. Também foram levantados pontos que precisam ser melhorados, como a mobilidade internacional, uma vez que a internacionalização tem se limitado a eventos.

A apresentação cultural do dia ficou por conta do Instituto Confúcio da Universidade de Pernambuco, organização chinesa que veio pela primeira vez a Alagoas. As professoras Jiarui Wang e Xiyuan Peng tocaram uma tradicional música ligada à natureza, com o típico instrumento chinês guzheng, uma espécie de harpa, e mostraram um pouco dos caracteres chineses, enquanto eram guiadas pela narração do tradutor.

Após a apresentação, houve o painel “Instituto Confúcio e as oportunidades de internacionalização com a China” com a presença do professor Liu Liguang, diretor do Instituto Confúcio em Pernambuco; Heraldo Pedrosa, professor tradutor do Instituto, Francisco Rosário, professor da FEAC/Ufal; professor Edvaldo Nascimento, da Agência Reguladora de Serviços Públicos de Alagoas (Arsal); professor Niraldo Farias, da ASI/Ufal, e mediação do reitor Josealdo Tonholo. O diretor fez um breve resumo do instituto Confúcio no Brasil, com quinze unidades desde 2004 , e sua trajetória com a universidade de Pernambuco, onde atuam desde 2013. Explicou as formas de atuação, com aulas on-line e presenciais de mandarim, disseminação da cultura com eventos e festivais, além do incentivo ao intercâmbio, desenvolvimento de pesquisas voltadas para o Nordeste brasileiro.

“Planejamos construir um Instituto Confúcio com características próprias, projetando a cooperação que possa não apenas refletir as vantagens disciplinares em ambas as universidades, mas também combinar as necessidades do desenvolvimento do Nordeste do Brasil. A internacionalização da educação não é apenas um fluxo de acadêmicos e estudantes, mas também a comunicação de corações e a fusão de culturas, como uma ponte que conecta a China e o Brasil", ressaltou o chinês Liu Liguang.

O professor Francisco Rosário contribuiu com o debate falando um pouco das suas visitas à China que resultaram em parcerias para pesquisas da Universidade, e dos projetos que está desenvolvendo para apresentar como proposta de política pública, junto a pesquisadores chineses.

Programação no período da tarde

A programação da tarde foi aberta com a mesa redonda “Vivências internacionais e pesquisas: impactos acadêmicos da internacionalização” com a mediação da professora Camila do Carmo Hermida, vice-diretora da FEAC/Ufal e com a presença de estudantes com experiência internacional. "A experiência do intercâmbio pode transformar vidas e contribuir para o crescimento pessoal". Ela fez mestrado nos Estados Unidos, e resultou também em premiação na area de economia no Brasil.

Laryssa Bittencourt, egressa da Ufal participou por vídeo chamada e contou sobre a sua graduação, aprovação no intercâmbio em Portugal e como essa oportunidade mudou a sua vida pessoal e profissional. Tony Chen, egresso de mestrado da Ufal e analista de investimentos, trouxe um pouco da sua trajetória de crescer em uma família chinesa no Brasil e como essa mistura de povos e idiomas ajudou na sua trajetória profissional. João Victor Vilela falou sobre a experiência vivida como estudante no intercâmbio nos Estados Unidos, com bolsa de 100%, da organização Rotary. Egberto Oliveira, estudante de Relações Públicas contou um pouco sobre sua história e como foi aos Estados Unidos participar de um concurso de design da Adobe, onde foi eleito o terceiro melhor do mundo, em 2023.

A primeira edição do Semint foi encerrada com o painel “Pesquisas desenvolvidas pelos alunos do Mov la America”, com a participação dos intercambistas da América Latina: Jhoan Acevedo (Colombia), Jhonny García (México), Manuel Crespo (Argentina) e Frida Scheffer (Argentina), que já concluiu o intercâmbio mas participou por vídeo chamada. A professora Deborah Massman mediou a conversa e destacou a importância do protagonismo estudantil e integração latino-americana, com os resultados de pesquisas desenvolvidas pelos intercambistas, seus impactos e contribuições para a comunidade acadêmica.

Os estudantes apresentaram um breve resumo dos trabalhos desenvolvidos: “Infecção subclínica durante a gravidez” (Frida), “Desenvolvimento de chips acoustofluidics para rotação e agregação de partículas” (Jhoan), “Parasitas metazoários de Haemulon aerolineatum como bioindicadores ambientais de estressores naturais e/ou antropogénicos no litoral de Alagoas/Brasil” (Jhonny), “Regulação circadiana dos processos motivacionais” (Manuel). Ressaltaram suas experiências, os desafios que enfrentaram e como o apoio e auxílio da Assessoria Internacional da Ufal fizeram a diferença.

Agradecimento especial da organização do evento pela presença, nos dois dias, das intérpretes de libras, Charliane Ferreira, Andressa Souza e Shirley Silva, que foram disponibilizadas pelo Setor de Tradução e Interpretação de Libras da Faculdade de Letras da Ufal. 

Veja como foi o primeiro dia do evento.

Veja fotos do segundo dia do evento.