Conselheiros e segmentos da comunidade universitária mobilizam-se em defesa da paridade
Na sessão extraordinária do Consuni foram lidas notas de repúdio às ações judiciais que questionam a regra aprovada pelo conselho
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Lenilda Luna - jornalista
No início da sessão extraordinária do Conselho Universitário, nesta quinta-feira (21), representantes dos técnico-administrativos e dos estudantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), solicitaram a leitura de notas em defesa da paridade nas eleições para diretores da Unidades Acadêmicas e da direção do Campus Arapiraca, que foi aprovada em setembro deste ano e já foi aplicada nas eleições realizadas em novembro.
Embora não tenha sido incluída como ponto de pauta na sessão extraordinária, a questão foi exposta e os segmentos puderam manifestar o repúdio às ações judiciais que foram movidas por professores do Instituto de Matemática (IM) e do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA) questionando a legalidade da paridade.
Nos documentos lidos, os conselheiros representantes dos técnico-administrativos, a direção do Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal) e os conselheiros estudantes afirmaram a defesa da regra estabelecida por ampla maioria de votos na sessão do Consuni do dia 4 de setembro de 2017 ( leia sobre a aprovação aqui). “Essa é uma conquista democrática pela qual os técnico-administrativos lutaram muito, já que a paridade garante o equilíbrio da participação democrática de todos os segmentos”, diz a nota assinada por cinco conselheiros representantes do segmento.
O documento lido pelos estudantes reitera que “a medida satisfaz uma reivindicação histórica, em especial dos movimentos sindicais e estudantis, que busca visibilizar cada segmento, atribuindo-lhes peso igualitário de um terço dos votos válidos. O método da paridade eleitoral, surgido no contexto da redemocratização do país, propicia para que não haja hierarquia de interesses na comunidade universitária e reitera que a universidade é um espaço de construção coletiva e democrática”.
Já o documento apresentado pelo Sintufal afirma que “coerente com o princípio de uma universidade pública democrática, envidará todos os esforços políticos e jurídicos contra esse ataque. Denunciaremos incansavelmente a toda comunidade acadêmica e tomaremos todas as ações judiciais cabíveis”.
A Reitora da Universidade Federal de Alagoas, interpelada nas ações, vai responder aos processos através da Procuradoria Federal junto à Ufal.
Leia a nota do Sintufal aqui