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Mostra Velho Chico de Cinema Ambiental lota Sala de Exibições
Evento prossegue até a quinta-feira (9) sempre das 14h às 16h, na Praça 12 de Abril
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Deriky Pereira - Ascom Circuito
Pipoca, cinema e diversão. Some esses ingredientes e tenha o primeiro dia da 4ª. Mostra Velho Chico de Cinema Ambiental. Nesta terça-feira (7), a Sala de Exibições, localizada na Praça 12 de Abril, ficou completamente lotada de crianças e adolescentes de seis escolas da cidade ribeirinha, que vieram prestigiar os seis filmes e assistir ao debate feito logo em sequência.
A produtora do Circuito Penedo de Cinema, Karlinne Cordeiro, responsável por acompanhar a Mostra Velho Chico, comemora a adesão do público neste primeiro dia. “Super positiva, principalmente das escolas - públicas, privadas e estaduais - aqui de Penedo. Também ressalto a interação com os debatedores de diversas instituições, mostrando assuntos de maneiras técnicas e acadêmicas, a presença dos realizadores que explicaram a temática dos filmes e incentivaram o pessoal ao mundo cinematográfico, enfim, muito bom esse primeiro dia”, comentou.
Foram exibidos os filmes Alternância, Amargo da Cana, Latossolo, Marias e O Futuro A Deus Pertence? Após a exibição dos filmes, um debate foi conduzido pela professora Milena Dutra, coordenadora de extensão da Unidade de Penedo da Universidade Federal de Alagoas. Segundo ela, os temas trazidos nos documentários poderiam ser debatidos por toda a vida.
“São temas muito importantes, são temas que remontam nossa história. Trazendo isso pra perto da gente, de realizar nosso cotidiano e ter qualidade de vida. Vivemos um conflito entre a expansão urbana e a necessidade de se estabelecer o rural, como as políticas públicas imperam nesses espaços públicos e a gente verifica não só na questão ambiental, mas na qualidade do homem que se estabelece nesse espaço e precisa de qualidade de vida”, salientou Milena.
O professor da Ufal em Penedo, Ticiano Oliveira, destacou a temática dos filmes. Disse que discutir a bacia do São Francisco é discutir o poder da agricultura familiar e exaltou o trabalho feminino. “Eu afirmo que 95% dos empreendimentos rurais que dão certo são capitaneados por mulheres”, complementou o professor, dizendo ainda que a cultura da cana é muito presente no imaginário penedense, mesmo que não contribua tanto com a economia do Estado nos dias de hoje.
“E as lagoas: como está essa realidade hoje? Um mercado do agronegócio cada vez melhor, populações marginalizadas no entorno dessas regiões, mas nas cidades que têm sua dependência nesse modelo e, por fim, a bacia do São Francisco sofrendo essas consequências socioambientais. Até que ponto dependemos desse modelo? Qual o limite do nosso consumo e do rio? São essas perguntas que a gente se faz depois dessa mostra riquíssima hoje aqui em Penedo”, sugeriu Oliveira.
Já o pesquisador da Universidade Federal do Vale São Francisco, José Alves de Siqueira Filho, revelou seu encantamento em ver uma plateia tão jovem e super interessada em cinema. Destacou, ainda, que os realizadores dos filmes estiveram antenados no que acontece no Brasil, mas que a gente desconhece ou conhece apenas um pouco. “E esse Brasil está aqui do lado, às margens do rio. E vocês só conseguem projetar futuro se conseguirem ter uma interpretação do passado. A gente só cuida do que conhece. E a nossa função de educador e pesquisador é levar essa mensagem. O futuro não é daqui a dez anos, o futuro é agora”, declarou.
Ele fez ainda um alerta para os jovens presentes na Sala de Exibições: “Não poderia deixar de dizer a vocês. Cuidem da escola de vocês, tomem conta. Chamem urgentemente os pais para fazer parte disso. Se vocês não cuidam da escola, ela não vai dar educação. E um dos alicerces pra dar jeito no rio é a educação. E cinema pro povo. Não é pão e circo. É cinema, debate. Toda essa vida que está aí e a gente vendo desaparecer, também é de responsabilidade de vocês. Esse é o Brasil que dá certo”, afirmou, recebendo aplausos.
Ainda durante o debate, um dos realizadores dos filmes exibidos nesta terça-feira, Kennel Rogis, incentivou os adolescentes a produzirem cinema. “A gente pode fazer nossos filmes, passar nossas imagens. Se você tem algo a dizer, pode pegar uma câmera, um gravador e botar na tela. E quem sabe vocês não estarão aqui, com seus filmes sendo exibidos aqui na tela? Eu quero ver isso. Ninguém melhor que vocês para falar da realidade que vivem”, afirmou Rogis.
O Circuito Penedo de Cinema é uma realização em parceria com a Ufal e segue até a próxima sexta-feira (10). Confira a programação completa no site .
Pró-reitores de Gestão de instituições federais se reúnem em Maceió
Até sexta, debates contemplam conjuntura atual, mestrado profissional, jornada de trabalho e reestruturação da carreira
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Manuella Soares - jornalista
A reitora da Ufal, Maria Valéria Correia, e a pró-reitora de Gestão de Pessoas e do Trabalho, Carolina Abreu participam, nesta quarta-feira (29), da abertura da 11ª Reunião Ordinária do Pleno do Forgepe (Fórum dos Pró-reitores de Gestão de Pessoas das Instituições Federais de Ensino Superior). O evento será realizado no Hotel Ponta Verde, a partir das 14h.
Na programação, haverá uma homenagem ao reitor Luís Carlos Concellier, da UFSC, falecido em outubro passado. Em seguida, a reitora Valéria estará na mesa-redonda Universidades federais: conjuntura atual e perspectivas, junto coma presidente da Comissão de Política de Recursos Humanos (CPRH/Andifes), Nilda de Fátima Ferreira Soares, e do pró-reitor de Pessoal da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Agnaldo Fernandes.
A última mesa do dia é intitulada Metodologia de aplicação de censo de servidores das universidades aplicado à gestão de pessoas, com Eliana Ventorini, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Os debates seguem até a próxima sexta-feira (1º) e contemplam reestruturação de carreiras, mestrado profissional e flexibilização da jornada de trabalho. Confira a programação completa em anexo.
Projeto da Ufal que apoia a agroecologia em assentamentos apresenta resultados
Evento em Maceió nos dias 5 e 6 inclui visita a locais que foram alvo das ações
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Calos Madeiro - jornalista
Projeto de extensão alia promoção da saúde e pesquisa
Academia da Universidade atende estudantes e servidores da Ufal desde 2009
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Thâmara Gonzaga – jornalista
A cada ida ao médico, independente da especialidade e desde que não haja impeditivos, a recomendação é sempre a mesma: praticar exercícios físicos, regularmente, para evitar a incidência de doenças. E é justamente para promover a necessidade e a importância de mexer o corpo que são voltadas as ações do projeto de extensão Academia da Universidade, do curso de bacharelado em Educação Física da Ufal.
A estudante de Engenharia Química, Ana Paula Vieira, seguiu essa orientação e aproveitou a oferta do serviço no Campus A.C. Simões. “Não tenho muito tempo para mais nada além de estudar. Eu estava sedentária e, por recomendações médicas, precisava fazer algum tipo de exercício, mas, pela correria, mesmo morando na Residência Universitária, não conseguia sequer fazer caminhada”, conta. “Daí, surgiu a oportunidade de fazer academia aqui na Universidade. Então, preparei a documentação, fiz a inscrição e aguardei ser chamada. Desde então, tenho frequentado assiduamente e já me sinto melhor. Sinto-me menos cansada e super disposta para as aulas e a rotina de estudos, enfim, só coisas boas. Com certeza, estou renovada”, comemora.
Ela, que começou a treinar no início deste semestre, no período da manhã, elogia o acompanhamento dos bolsistas do projeto. “Os monitores estão sempre presentes e atentos a qualquer movimento errado que possamos fazer. São bastante prestativos”, conta.
O coordenador do projeto, professor Amandio Geraldes, explica a melhora na disposição da estudante: “É consenso que a prática regular, especialmente, daquelas classificadas como exercícios, traz benefícios para a aptidão física, funcionalidade, saúde e qualidade de vida”. Segundo ele, “são inúmeras e crescentes as evidências demonstrando fortes e inversas associações entre a prática de atividades físicas e as taxas de diversas doenças, a exemplo das coronarianas, hipertensão, câncer de mama e próstata, diabetes, osteoporose, dentre outras”. O docente alerta que “pessoas sedentárias, quando comparadas com as fisicamente ativas, apresentam 1,2 a 2 vezes mais chances de morrer precocemente”.
Unindo as práticas da atividade física regular e da pesquisa, o projeto de extensão Academia da Universidade, conta o coordenador, vem sendo realizado todos os anos, desde 2009, sem interrupção. “Para além de promover e ofertar a prática regular de exercícios físicos, com acompanhamento e supervisão, favorecendo a manutenção ou melhora da aptidão física, saúde e qualidade de vida de docentes, discentes e técnicos da Ufal, temos como objetivos acadêmico e científico criar oportunidades e campo de pesquisas relacionadas com a área”, destaca o professor.
O projeto também possibilita “colocar em prática os conhecimentos obtidos em diversas e diferentes disciplinas da grade do curso de bacharelado em Educação Física e Nutrição, relacionando a atividade física com a saúde, a exemplo de Testes; Medidas de Avaliação em Educação Física; Fundamentos de Bioestatística; Cinesiologia; Nutrição e Educação Física; Métodos e Sistemas de Ginásticas em Academias e Clubes; Métodos e Sistemas do Treinamento Físico Geral; Métodos de Treinamento Cardiovascular; Métodos de Treinamento Neuromuscular; Atividades Físicas e Saúde Pública; Treinamento Personalizado; Estágio 2; Estágio 4; Adaptações Agudas e Crônicas ao Exercício Físico; e Atividades Físicas para Grupos Especiais”, cita o docente.
A estudante de Educação Física e bolsista do projeto, Laís Veras, faz parte da iniciativa desde o segundo período da graduação e reforça a importância da atividade. “Foi de um ganho muito válido de conhecimento. A visão que tive sobre a pesquisa e o contato logo cedo com a musculação foram de grande valia para expandir o meu conhecimento. Quem tiver a oportunidade de se envolver, logo no início do curso, com a pesquisa, recomendo, pois amplia as perspectivas profissionais”, afirma.
Ela também destaca a promoção da prática da atividade física promovida pelo projeto. “O exercício físico é algo programado, repetidas vezes, regularmente. Não só necessariamente a musculação, mas também a aeróbica são atividades importantes na vida de uma pessoa para manutenção da qualidade de vida”, reforça.
Já o graduando e bolsista Mateus Damasceno relata que o projeto favorece um contato mais amplo com os assuntos da graduação. “Podemos fazer testes, nos envolver de perto com pesquisas, avaliações físicas, conhecer equipamentos novos. Realidades que só acrescentam na nossa vida acadêmica e profissional. Mesmo com todas as dificuldades de verbas e incentivos, ainda assim, é uma experiência enriquecedora”, justifica.
Para a pró-reitora de Extensão (Proex), Joelma Albuquerque, “o Academia da Universidade tem um significado muito importante por ser uma iniciativa de extensão que também articula ensino e pesquisa”. O projeto, destaca a pró-reitora, “liga o curso de bacharelado em Educação Física num diálogo com a comunidade, com a oferta de atividades que têm como finalidade promover a saúde, o conhecimento sobre si mesmo e sobre a saúde da nossa comunidade universitária. Para nós, isso é extremamente significativo”, afirma.
Ela informa que a Proex organizou um programa para articular os projetos de cultura corporal, esporte e saúde da Ufal e que a Academia faz parte desse programa. “Inclusive, a ampliação da oferta desse tipo de serviço para nossa comunidade, está previsto no nosso PDI [Plano de Desenvolvimento Institucional]”, ressalta. “É uma atividade que tem um significado muito relevante, pois é uma ação pedagógica formativa para os nossos estudantes da graduação de Educação Física; e para a comunidade universitária é uma ação também formativa e que, de certa forma, contribui para que a permanência na Ufal seja mais harmoniosa, mais rica, possibilitando vivenciar a Universidade em todos os seus aspectos, inclusive na saúde”, argumenta.
Projeto possibilita realização de pesquisas em várias áreas
De acordo com o professor Amandio, há três laboratórios que, em conjunto, são denominados de Laboratórios de Aptidão Física, Desempenho e Saúde (Lafides). “Oficialmente, os espaços estão envolvidos com o projeto. Essa estrutura fornece apoio a pesquisadores de nossa e outras unidades acadêmicas, a exemplo da Fanut [Faculdade de Nutrição]”, aponta.
O projeto, segundo Geraldes, “para além de permitir e favorecer pesquisas relacionadas ao TCC [Trabalho de Conclusão de Curso] de alunos, indiretamente, através de nossos cursos de treinamento para os graduandos e equipamentos disponíveis em nossos laboratórios, vem dando apoio a projetos de pesquisa apresentados em congressos e defendidos sob a forma de dissertações e teses”, destaca.
“Obesidade, aptidão muscular e desempenho funcional em idosas; força e ativação neural em mulheres pós menopausadas; efeitos diferentes nos músculos extensores dos joelhos; perfil somatotipológico de universitários em Alagoas; perfil de doentes pulmonares obstrutivos crônicos; prevalência de indicadores do transtorno dismórfico muscular; principais aspectos motivacionais em praticantes iniciantes no treinamento com pesos são alguns dos temas contemplados pelas pesquisas”, informa.
Público da Academia da Universidade
Apenas estudantes e servidores (docentes e técnicos) da Ufal podem se inscrever para se exercitar na Academia da Universidade, mediante confirmação do vínculo institucional. As aulas são nos dias de segunda, quarta e sexta-feira, das 8h às 18h, sem intervalo para o almoço.
No total, o projeto conta com as atividades de seis bolsistas. Dois se revezam, por turno, orientando os frequentadores sobre a prática correta dos exercícios. Nos dias de terça e quinta, os estudantes se dedicam às atividades do laboratório de pesquisa.
A cada início de semestre, são abertas 200 vagas. No segundo semestre de 2017, o projeto registrou o número de 500 pessoas interessadas em frequentar a academia.
Os que conseguiram vaga no semestre anterior, também precisam se inscrever novamente. Os inscritos passam por avaliação física e precisam apresentar um atestado médico, dentro de um mês, confirmando a liberação para a prática da atividade física regular. “Só pode praticar o exercício com a liberação médica. Cada um tem seu programa de treino. Acompanhamos a execução correta do exercício, da postura, entre outros quesitos”, informa Laís Veras.
Projeto utiliza música para fortalecer o vínculo entre mãe e bebê
Atividade do Campus Arapiraca atendeu mulheres com crianças internadas na UCI Neonatal
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Thâmara Gonzaga – jornalista
No Campus Arapiraca da Ufal, estudantes do curso de Enfermagem, sob a coordenação da professora Larissa Tenório, recorreram aos benefícios da música durante a gestação para apoiar às mães e seus recém-nascidos que estavam internados na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) Neonatal, da Maternidade Nossa Senhora de Fátima. A atividade fez parte do Projeto Ninar, iniciado em 2011 e que, em 2016, foi selecionado pelo edital do Programa Círculos Comunitários de Atividades Extensionistas (Proccaext), da Pró-reitoria de Extensão (Proex).
“Por volta da 21ª semana da gravidez, também conhecida como 5º mês, os bebês desenvolvem a capacidade de ouvir, sejam sons internos ou a voz da mãe e daqueles ao seu redor, como também as músicas. Evidências científicas conseguiram comprovar que a música que foi colocada durante a gestação foi reconhecida pelo bebê logo após o seu nascimento”, explica a professora Larissa Tenório. Ainda segundo a docente, “os benefícios em ouvir músicas durante a gestação são inúmeros e incluem a estimulação do bebê no útero e a diminuição do estresse e da ansiedade materna comuns na gravidez”.
“Como nosso público são mães e seus bebês que se encontram na UCI Neonatal, os mesmos não tiveram ainda como estabelecer o vínculo como deveria. Nesse caso, a música é usada como uma forma do recém-nascido se sentir seguro, de reconhecer a voz materna e de fortalecer o vínculo que foi quebrado com a mãe pela separação necessária por sua necessidade de tratamento”, destaca a docente do curso de Enfermagem.
As atividades do Projeto Ninar, relata a coordenadora, eram realizadas aos sábados pela manhã e também contemplavam orientações para a continuidade da amamentação após a alta e a importância do vínculo com os outros membros da família. “Ficamos disponíveis para acolher as dúvidas e anseios das mães que estavam longe de seu lar em um momento tão delicado”, afirma.
A professora informa que, no presente momento, o projeto, que também já atendeu mães e recém-nascidos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Regional de Arapiraca, está suspenso. “Estamos aguardando a abertura de um novo edital para continuarmos com as atividades”, diz.
Segundo ela, o Ninar, além de beneficiar o público atendido, também contribui para a formação das estudantes envolvidas com as ações. “A percepção que elas possuem, a cada intervenção, da importância do fortalecimento do vínculo entre mãe e bebê, bem como os relatos das mães que trazem contribuições positivas para que as estudantes desenvolvam ainda mais as práticas humanizadas de apoio e levem como exemplo para as práticas da graduação de enfermagem são alguns dos benefícios da atividade”, cita.
Proposta de cotas na pós-graduação da Ufal é aprovada por coordenadores
Comissão de pesquisadores apresentou documento sobre a reserva de vagas para negros, quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência em programas de mestrado e doutorado
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Mercia Pimentel - jornalista
No mês que celebra a reflexão da sociedade brasileira sobre as demandas da população negra, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) mais uma vez avança em suas políticas afirmativas, desta vez com a proposta de adoção de cotas para os programas de pós-graduação. A ideia é incluir negros, quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência em todos os programas de pós-graduação lato sensu e stricto sensu (Mestrado, Mestrado Profissional e Doutorado) da universidade.
No dia 17 de novembro, em reunião com os coordenadores de pós-graduação, a comissão designada pela reitora Valéria Correia apresentou um documento sistematizado a partir das contribuições desses integrantes. Presidida pelo coordenador de pós-graduação da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propep), Helson Flávio da Silva Sobrinho, a apresentação do documento foi feita sob a condução da diretora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab), Lígia dos Santos Ferreira, que esclareceu dúvidas dos presentes, sobretudo sobre a nota de corte de 20%, razão de ser desta política afirmativa.
Após muito debate, a proposta da Comissão foi aprovada com apenas 3 votos contrários e seguirá para nova avaliação junto aos membros na próxima reunião da Câmara Acadêmica, prevista para o final deste mês.
“Pretendemos somar os esforços institucionais para garantir uma maior inclusão da população negra, indígena, quilombola e com deficiência na sociedade, dando-lhe a possibilidade de participar, em condições de igualdade, das lutas nos espaços de poder”, destacou Lígia Ferreira, acrescentando que, para além da reserva de vagas, seu trabalho no Neab consiste em desenvolver uma consciência étnico-racial em um estado com o maior índice de extermínio da juventude negra e de grande intolerância às religiões de matriz africana.
Esta política institucional defendida pela gestão central da Ufal começou a ser desenhada na aprovação do Programa de Ações Afirmativas, através da Resolução do Conselho Universitário de nº 33, de 11 de novembro de 2003. No entanto, passou a ser pautada concretamente desde a criação da Comissão, via portaria nº 1434, de 12 de setembro de 2016, formada pelos três segmentos da Ufal (docentes, técnicos/as e estudantes) e também representantes da sociedade civil que atuam em movimentos sociais e movimentos negros e pesquisam sobre estudos étnico-raciais em Alagoas.
Segundo o coordenador do Instituto do Negro de Alagoas (Ineg/AL), Jeferson Santos, a conclusão do documento que propõe uma série de medidas de promoção dos segmentos negro, indígena e deficientes físicos no interior dos programas de pós-graduação da UFAL “constituiu passo fundamental para o avanço da proposta que tem por objetivo a criação de um espaço mais diverso e multirreferenciado no âmbito daqueles programas, respeitando a diversidade presente em nosso país”.
Em meio às comemorações na Serra da Barriga pelo Dia Nacional da Consciência Negra, a reitora Valéria Correia felicita os membros da comissão pela proposição, destacando a Ufal como instituição pública que contribui para a diminuição das desigualdades sociais. “Comemoramos o fato de Alagoas contar com a maior instituição federal de ensino superior público que compreende que a democracia só será efetivada se garantirmos espaços de formação menos desiguais para o enfrentamento das nossas mazelas sociais e étnico-raciais na terra onde nasceu e morreu Zumbi e Dandara dos Palmares”, assinalou.
Clique aqui para mais informações sobre a Comissão Cotas de Pós/UFAL http://sites2.ufal.br/portarias/media/2016/1/1434.pdf
Reitora e ministro do Turismo visitam Complexo Esportivo da Ufal
Marx Beltrão garantiu aditivo de 2,5 milhões para finalização da obra prevista para julho de 2018
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Thamires Ribeiro – estagiária de Jornalismo
A reitora Valéria Correia recebeu o ministro do Turismo, Marx Beltrão, para tratar da finalização das obras do Complexo Esportivo do Campus A. C. Simões, da construção de laboratório para o curso de Engenharia de Energias Renováveis do Centro de Ciências Agrárias (Ceca) e de novos equipamentos para o Hospital Universitário (HU).
Na tarde da última sexta-feira (24), a reitora conduziu o ministro para uma visita ao Ceca, em Rio Largo, assim como foi acompanhar o andamento das obras do Complexo Esportivo, ressaltando a necessidade do ambiente para a Ufal e toda a comunidade, uma vez que um dos principais objetivos é oferecer o local para atividades esportivas de todo o estado.
O ministro do Turismo garantiu um aditivo de 2,5 milhões de reais para que a obra do Complexo possa ser finalizada até julho de 2018, totalizando um valor de 4,5 milhões de reais, com o apoio do Ministério do Esporte.
“Esse Complexo Esportivo é um laboratório de ensino, pesquisa e extensão para o nosso curso de Educação Física, e também é uma referência para o entorno da Universidade e para o estado de Alagoas. Vai ser uma referência para a Universidade Federal de Alagoas e para o esporte alagoano”, declarou a reitora.
Beltrão frisou a importância da obra e a alegria em poder contribuir para o crescimento da Universidade da qual já fez parte como estudante. “Essa obra é muito importante para a Universidade, para os alunos e para todo o contexto da educação, porque quando se junta a educação de ensino superior com a prática esportiva a gente tem um ciclo completo. E esse Complexo Esportivo vai ser o mais moderno do Nordeste”, declarou o ministro. E concluiu: “Isso me deixa muito feliz em poder estar ajudando a Universidade Federal de Alagoas a viabilizar esse sonho que é antigo, de toda a comunidade acadêmica”.
Semana de Agroecologia do Ceca debate agricultura orgânica
Programação terá oficinas com vagas limitadas
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Ascom Ufal
A 2ª Semana de Agroecologia do Centro de Ciências Agrárias da Ufal (Ceca) será realizada de 4 a 7 de dezembro, na sede da unidade, em Rio Largo, e traz como tema Agricultura orgânica e Agroecologia. De acordo com os organizadores, o evento busca aprofundar a discussão sobre a produção orgânica e agroecológica no estado de Alagoas.
O encontro também será um espaço para evidenciar as experiências existentes e dialogar com demais instituições que atuam na área. A programação foi construída a partir de eixos, contemplando temas como desenvolvimento rural e políticas públicas, saúde e segurança alimentar, conservação e manejo agroecológico.
O evento conta com palestras, mesa redonda, relatos de experiências e oficinas. As inscrições são gratuitas. Apenas nas oficinas é cobrada a taxa de R$10 e tem vagas limitadas. Os interessados devem comparecer ao auditório Hamilton Soutinho nos dias 4 e 5, das 8h às 17h para realizar as inscrições.
Mais informações no site do evento ou no Facebook @enaoaAL.
Seminário em Penedo promove formação de professores de Ciências
Evento promovido por professores da Ufal começa hoje e prossegue até 1º de dezembro
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Ascom Ufal
A partir desta quarta-feira (29), o Núcleo Pedagógico do Curso de Ciências Biológicas da Unidade de Ensino (UE) Penedo, do Campus Arapiraca da Ufal, promove o 1º Seminário de Formação de Professores de Ciências. As atividades prosseguem até o dia 1º de dezembro (sexta-feira), na sede do Instituto Federal de Alagoas no município de Penedo.
O evento reunirá estudantes do curso de Biologia, além de professores das redes de ensino municipal e estadual da região. O objetivo é promover o debate, refletir sobre a prática profissional e auxiliar a formação dos docentes dessa área do saber. Conferências, exibição de documentários e comunicações orais fazem parte da programação.
Coordenado pelos professores da UE Penedo Janayna de Paula, Marcos Sobral e Valéria Campos, o seminário contará com a participação dos docentes Paulo Manuel Teixeira Marinho (Universidade do Porto/Centro de Educação-Ufal) e Gorete Rodrigues de Amorim (Campus Arapiraca/Ufal)
As inscrições são gratuitas e os participantes terão direito a certificado de 30h.
Seminário sobre Autismo reúne profissionais de diversas áreas
Objetivo é a desmistificação do Transtorno do Espectro do Autismo com a contribuição de profissionais
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Ascom Ufal com informações de Luciana Leonardo
O Mestrado Profissional em Ensino na Saúde, da Faculdade de Medicina da Ufal, em parceria com o Centro Universitário Cesmac, realiza o 1º Seminário de Contribuições Multiprofissionais: Desmistificando o Transtorno do Espectro do Autismo – TEA. O evento será no próximo dia 30, no auditório do Conselho Regional de Psicologia - CRP-15, e faz parte da dissertação de conclusão do mestrado da professora e psicóloga Silvana Paula Mendonça de Alcantara Lima.
Com o formato de mesas redondas, serão abordados diversos temas voltados para o autismo, como: educação inclusiva; avaliação neuropsicológica; comunicação, importância do diagnóstico precoce; tecnologia e autismo; desafios na atenção odontológica; as contribuições da música no tratamento de crianças com TEA; discurso médico e discurso analítico; equoterapia e TEA; direitos da pessoa com TEA e seus familiares e; o atendimento de pessoas com TEA no serviço público.
Haverá também a apresentação do projeto Focinhos terapeutas - Intervenções assistidas por animais, e a palestra de encerramento abordando a temática da sexualidade da pessoa com TEA. O evento que terá como público alvo, profissionais e estudantes da área de saúde e ainda familiares de pessoas com TEA, será gratuito, no entanto, a organização deixa como sugestão a doação de brinquedos pedagógicos que serão distribuídos às instituições que atendem pessoas com o Transtorno.
O evento tem apoio do Conselho Regional de Psicologia – 15º Região, Associação de Amigos Autistas de Alagoas (AMA/AL), Centro de Integração e Desenvolvimento do Autista (Cuida), Cantinho do Psicólogo e Centro Universitário Cesmac. Os participantes receberão certificado de 10h.
Simpósio de Educação Física e Ciências do Esporte começa nesta quinta
Evento é organizado por estudantes do 6º período do curso de Educação Física da Ufal
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Letícia Sant’Ana - estagiária de Jornalismo
Começa nesta quinta-feira (30) o Simpósio de Educação Física e Ciências do Esporte no Campus A.C. Simões, em Maceió. O objetivo é provocar velhas discussões enraizadas e discutir problemáticas como a divisão da Educação Física em duas áreas e a introdução do treinamento esportivo na escola. O evento é fruto da disciplina Projetos Integradores 6, ministrada pela professora Leonéa Santiago e é organizado por estudantes do 6º período do curso de Educação Física (Licenciatura).
Serão ofertadas cinco oficinas teórico-práticas, são elas: Voleibol, Badmiton, Alongamento Dançante, Lutas (Kung Fu) e Lesões Esportivas. As inscrições devem ser feitas aqui, até hoje (29). No ato da inscrição, o participante garante automaticamente uma vaga para as duas mesas redondas do Seminário. A mesa sobre Treinamento Esportivo: dentro e fora da escola acontece na quinta-feira (30) e o debate Licenciatura X Bacharelado: velhas discussões X novas visões, na sexta-feira (1º), último dia de atividades do Seminário.
As inscrições para ouvintes podem ser feitas na hora. Para maiores informações, acessar o site do evento.
Ufal abre 38 vagas de professor visitante para fortalecer pós-graduações
Docentes devem ter doutorado há dois anos e produção científica relevante
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Ascom Ufal
A Pró-reitoria de Gestão de Pessoas e do Trabalho (Progep/Ufal) divulgou edital de seleção para professor visitante dos programas de pós-graduação da Universidade. São 38 vagas para docentes com doutorado, regime de trabalho de 40h e remuneração de R$ 9,5 mil.
As inscrições podem ser feitas de 14 a 22 de novembro nos locais determinados no edital, de acordo com a unidade acadêmica. Podem participar candidatos com título de doutor há, no mínimo, dois anos, ser docente ou pesquisador de reconhecida competência em sua área e ter produção científica relevante, preferencialmente nos últimos cinco anos, contados até o último dia do prazo para a entrega de títulos.
A implantação do edital é uma iniciativa para atender as necessidades temporárias dos PPGs e o contrato é por tempo determinado de um ano, podendo ser renovado por igual período. “A contratação do professor visitante tem como principal finalidade estimular a criação e solidificação/fortalecimento dos programas de pós-graduação stricto sensu e os grupos de pesquisa das unidades acadêmicas envolvidas, nas áreas descritas no Anexo I”, especifica o edital.
"Foi muito importante a adesão dos programas que vão receber os professores visitantes e, em contrapartida, oferecer vagas para servidores e a demanda étnico-racial, atendendo a política de cotas na Ufal", ressaltou a reitora Valéria Correia.
Ufal inscreve para cursos gratuitos de espanhol e português como língua estrangeira
Cursos são presenciais, e inscrição pode ser feita pela internet até sexta
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Ufal promove exibição de documentários no Cine Arte Pajuçara
Ação de estudantes de Jornalismo visa contribuir com a manutenção do espaço
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Maykson Douglas – estudante de Jornalismo
Com o objetivo de exibir produções de estudantes em uma sala de cinema, o Cine Arte Pajuçara recebe, na próxima terça-feira (28), a Mostra Universitária de Documentários. Ao todo serão exibidos seis curtas-metragens. Além de exibir a produção de jovens realizadores o evento visa arrecadar recursos para o cinema, que é referência no circuito alternativo de Maceió. Os ingressos custam R$ 10 e a renda será revertida para este espaço cultural.
Os filmes exibidos são produtos da disciplina de Oficina de Produção Audiovisual, do curso de Jornalismo da Ufal. De acordo com Raquel do Monte, professora idealizadora da mostra, a ideia do evento é romper os muros da Universidade e exibir, numa sala com a importância do Cine Arte Pajuçara, os filmes produzidos pelos alunos. “A ideia tem um duplo significado. Extrapolar o espaço do campus universitário e revelar para a comunidade maceioense o que tem sido feito em termos de produção audiovisual com caráter documental na Ufal e, simultaneamente, fortalecer a cena audiovisual, estreitando o diálogo com os realizadores e produtores da cidade, bem como compartilhando experiências”, ressaltou.
Para a idealizadora, o gesto de exibir nessa sala de cinema, especificamente, é um modo de se posicionar em relação à permanência das atividades do Cine Arte, já que o local enfrenta problemas de manutenção.
Mais informações sobre a compra de ingressos na página do evento no Facebook.
Ufal sedia 1º Encontro de Estudantes de Filosofia do Nordeste em 2018
Período para submissão de trabalhos vai até 30 de novembro
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Ascom Ufal
O Campus A.C. Simões da Universidade Federal de Alagoas vai sediar, no período de 15 a 19 de janeiro de 2018, o 1º Encontro Regional dos Estudantes de Filosofia (Erefil) do Nordeste. Os interessados em apresentar trabalho durante o evento devem submeter suas propostas até 30 de novembro deste ano. As inscrições para o público em geral também estão abertas e, o quanto antes forem realizadas, menor é o valor da taxa.
Com o tema Outras Vozes da Filosofia, destaca a comissão organizadora, o Erefil do Nordeste tem o objetivo de demonstrar e fomentar as vozes que existem fora da academia, para além do pensamento do eixo Europa – Estados Unidos, ressaltando as outras expressões da filosofia em Alagoas, no Nordeste e no Brasil.
Ainda de acordo com a comissão, o Erefil é o fórum máximo de organização estudantil por região e a Ufal foi escolhida, por unanimidade de votos, para sediar o primeiro encontro durante a Plenária Nacional das Entidades de Base (PNEB), realizada em 22 de julho deste ano, último dia do 33° Encontro Nacional dos Estudantes de Filosofia (Enefil), ocorrido na Federal do Ceará (UFC).
Para mais informações, acesse o site do evento http://erefilne.blogspot.com.br/